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O tarifaço e a mudança de rota dos dispositivos médicos brasileiros

O termo “tarifaço” se refere às tarifas elevadas impostas pelos Estados Unidos sobre determinados produtos importados — neste caso, dispositivos médicos brasileiros — que encarecem o acesso direto ao mercado americano. Como resultado, empresas brasileiras vêm buscando mercados alternativos para escoar seus produtos.

Depois que as tarifas entraram em vigor, as exportações brasileiras de dispositivos médicos para os EUA registraram queda de cerca de 30,04% no comparativo mensal. Em agosto, as vendas para esse destino ficaram em cerca de US$ 21,2 milhões, o menor valor do ano. Em contrapartida, houve crescimento expressivo das exportações para a Europa, entre julho e agosto, de 44,51%. Destaques para Espanha (+632,59%), França (+238,77%) e Suíça (+130,72%). Na América Latina, países como Bolívia (+56,18%) e México (+28,34%) também se tornaram destinos mais significativos.

Segmentos de maior valor agregado sentiram mais os efeitos do tarifaço quando se trata do mercado americano. Exemplos: odontologia, reabilitação e equipamentos médicos tiveram quedas expressivas nas exportações para os EUA. Outro ponto importante é a dependência brasileira de insumos importados, muitos vindos dos EUA. Para o setor de dispositivos médicos, isso é um risco, pois custos e cadeias de suprimento ficam mais sensíveis às políticas tarifárias externas.

Da Europa à América Latina: Como as Tarifas dos EUA Mudam a Exportação de Dispositivos Médicos

O crescimento para mercados alternativos mostra que há demanda, mas manter esse novo fluxo exige que o Brasil seja competitivo — seja em custo, seja em regulamentação, qualidade, logística e previsibilidade. A crise nas vendas para os EUA está obrigando exportadores a buscarem destinos diferentes — Europa e América Latina, por exemplo. Quanto mais diversificados forem os mercados de destino, menor o risco de impacto de políticas de um país específico. Um ponto-chave mencionado é a necessidade de acordos internacionais e reciprocidade regulatória. Ou seja, se os critérios regulatórios entre Brasil e parceiros forem mais alinhados, as barreiras comerciais e burocráticas podem diminuir, facilitando as exportações.

Os dispositivos médicos mais complexos, com maior valor agregado, sofrem mais com tarifas altas, porque seus custos já envolvem matérias-primas especializadas, tecnologia e conformidade regulatória rigorosa. A dependência dos componentes e insumos externos — sobretudo dos EUA — implica em vulnerabilidade: flutuações cambiais, custos logísticos, barreiras tarifárias e regulatórias externas podem impactar o custo final e a competitividade do produto brasileiro.

Assista a reportagem explicativa na CNN aqui:

O tarifaço praticado pelos EUA causou um choque imediato para o setor brasileiro de dispositivos médicos, especialmente os de valor agregado. Mas esse choque também funcionou como um catalisador para que exportadores busquem alternativas: mais mercados na Europa, na América Latina e possivelmente outros. Para que essa mudança de rota não seja apenas temporária ou superficial, será importante que o Brasil melhore suas condições de competitividade — seja com políticas públicas, infraestrutura, incentivos fiscais, harmonização regulatória internacional e diversificação de destinos.

Nesse cenário, a Passarini Group atua como parceira estratégica das empresas brasileiras, oferecendo suporte completo para expandir negócios e garantir a conformidade regulatória em novos mercados. Com expertise internacional, a Passarini Group facilita a entrada de dispositivos médicos em destinos alternativos, ajudando a transformar desafios em oportunidades de crescimento global. Clique no botão abaixo e fale conosco.

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Fonte: https://www.cnnbrasil.com.br/economia/macroeconomia/tarifaco-dispositivos-medicos-mudam-de-rota-para-europa-e-america-latina

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